Já é o assunto mais falado na história do Twitter. O atentado à redacção do Charlie Hebdo, jornal satírico francês de que já se falou por aqui, aconteceu na passada quarta-feira, 07 de Janeiro. Desde então, multiplicam-se homenagens aos 12 jornalistas, cartoonistas e polícias mortos por terroristas ligados à Al-Qaeda, que reclamou o feito. Jornalistas em todo o mundo partilham a frase que divulgou o atentado nas redes sociais: “je suis charlie”. Políticos seguem-lhes o exemplo. Mas seremos todos Charlie?
Claro que nestas coisas que se tornam virais as opiniões dividem-se e há gente que alinha em todos flancos. Vimos mesmo quem defendesse que o Charlie Hebdo provocou os fundamentalistas islâmicos com os seus cartoons.
Mais comuns, porém, foram algumas auto-proclamações de quem se afirmou Charlie com a contagiante hashtag #jesuischarlie. Mas não podemos deixar de fora aqueles que esperavam avidamente as declarações em prol da liberdade de expressão destas pessoas, para logo de seguida lhes recordarem todos os momentos em que não foram Charlie. Vale a pena ouvir o testemunho do Bruno Nogueira e do João Quadros, no Tubo de Ensaio.
Ora, não querendo alinhar nem com uns nem com outros, não resisto a partilhar esta manifestação dos Charlies socialistas. Nota: afirmar-se Charlie foi, nos últimos dias, uma expressão de defesa da liberdade de expressão, esse valor atacado pelos fundamentalistas que tentaram silenciar o jornal francês.
António Costa e companhia (Manuel Alegre, Fernando Medina, Mário Soares, Ferro Rodrigues, Jorge Sampaio, Helena Roseta, entre outros) são Charlies. Os socialistas são Charlies menos quando não estão a sacar gravadores a jornalistas da Sábado ou a desviar microfones a secretários de Estado das Finanças.
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