Charlie Hebdo, a liberdade de imprensa

O jornal satírico francês Charlie Hebdo foi hoje alvo de um ataque perpetrado por dois homens armados. Pelo menos 12 pessoas morreram, incluindo alguns dos cartoonistas responsáveis pelas sátiras semanais e o director da publicação, para além de dois polícias. Dez pessoas foram feridas.

Os pormenores conhecidos até agora podem ser lidos na BBC, que tem – como sempre – um dos melhores relatos do acontecimento. Por aqui, vale a pena recordar que este não é o primeiro ataque à redacção do Charlie Hebdo, alvo de uma bomba em 2011. O semanário ganhou destaque em 2006, quando republicou os polémicos cartoons sobre o profeta islâmico Maomé do jornal dinamarquês Jyllands-Posten.

As notícias hoje conhecidas descrevem que os responsáveis pelo ataque terão gritado frases a defender Alá.

Em Paris, estão a reunir-se na Place de la République vários jornalistas, milhares de pessoas. Os ataques violentos à liberdade de imprensa não são inéditos em França. Ainda em Novembro de 2013, um homem armado invadiu e disparou na redacção do Libération, atingindo um fotógrafo do jornal.

As manifestações de choque e apoio ao Charlie Hebdo estão a surgir um pouco por todo o mundo (#jesuischarliehebdo). O Expresso divulgou uma breve mensagem de solidariedade que resume bem o acontecimento e a forma como a notícia está a ser recebida pelos jornalistas, esta classe (tantas vezes considerada corja) que é capaz de dar tudo, até a vida, pelo dever maior da informação.

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E porque a melhor forma de recordar os colegas do Charlie Hebdo é não deixar cair o seu trabalho, ficam algumas imagens com que o jornal agitou as águas nos últimos anos e relatos que as redes sociais se encarregaram de divulgar.

Meilleurs vœux, au fait. pic.twitter.com/a2JOhqJZJM

— Charlie Hebdo (@Charlie_Hebdo_) January 7, 2015