Ao fim de longas horas de espera, Joe Biden fez o discurso de vitória.
A sua presença em palco contrastou de imediato com a de Kamala Harris. Meio desamparado, lá começa. “Folks, the people of this nation have spoken.”
Continuar a lerAo fim de longas horas de espera, Joe Biden fez o discurso de vitória.
A sua presença em palco contrastou de imediato com a de Kamala Harris. Meio desamparado, lá começa. “Folks, the people of this nation have spoken.”
Continuar a lerDiscutiu-se num ajuntamento do partido CHEGA, este fim-de-semana, uma moção que, entre outras ideias, propunha que se removesse os ovários às mulheres que fizessem abortos.
A moção foi debatida e rejeitada.
Por princípio, uma democracia deve ter abertura para discutir todas as ideias. Está aí a sua liberdade. Está aí um dos seus pilares.
Essa liberdade acaba aqui.
Quando um partido surge na esfera política como um íman de radicalismos do quadrante político onde se posiciona;
Quando um partido tenta agregar extremismos para ganhar votos;
Quando um partido monopoliza a desinformação para alcançar ganhos políticos;
Quando um partido abre o seu espaço a ideologias que não têm lugar na nossa democracia:
esse partido é perigoso e deve ser travado.
A responsabilidade de quem está à frente do CHEGA terá, um dia, de ser plenamente assumida. Porque congregar os fundamentalistas que até agora não se reviam noutra força política ou cívica, tem um impacto muito real na vida de todos.
Por algum motivo, esses fundamentalismos não estavam representados no Parlamento.
Por algum motivo, este partido teve um crescimento mais rápido do que outras forças políticas que nasceram, em muitos anos.
O apetite mediático pelas barbaridades que habitam o universo do CHEGA também tem de assumir a sua responsabilidade, consciente de que está a ser instrumentalizado.
Quem construiu este partido, fê-lo com grande inteligência. A estratégia funciona. Um dia, terá de ser responsabilizado pelo monstro que criou.
Berlenga, julho 2020
Em 2019, a lei determinou que só 550 pessoas podem estar nas Berlengas. Num dia de 30º, não foi difícil descobrir que esse é um limite incomportável.
Num frenesim, as operadoras que fazem a travessia Peniche-Berlengas-Peniche procuravam ocupar todos os lugares. Não interessava tanto quem mais facturava, desde que fossem vendidos todos os bilhetes disponíveis. O distanciamento não existia naqueles barcos, como se certas regras não se aplicassem no mar. Continuar a ler
Ronnie del Carmen é um story person, director e designer na Pixar e, na altura em que o seu pai estava internado, o projecto que tinha em mãos era Carl, protagonista do filme Up.
Quando Carl se senta no sofá a folhear um pelo álbum de fotografias e a recordar a vida que partilhou com Ellie, não há diálogos. Aquele silêncio das conversas entre Ronnie e o pai foi vertido para dentro dessa cena. E, sem palavras, ali diz-se tudo sobre a perda, nos olhos tristes de Carl e na sua barba mal feita – tal e qual uma pessoa de verdade.
Continuar a lerMerritt Wever e Domhnall Gleeson protagonizam RUN
RUN é a história de dois ex-namorados que reativam um plano de fuga antigo e reencontram num comboio com destino a Nova Iorque.
Nas entrelinhas desta sinopse simplista estão o protagonismo já merecido de Merritt Wever, a sua química instantânea com Domhnall Gleeson e as assinaturas criativas de Vicky Jones e Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”), prometendo comédia, suspense e feminismo. Continuar a ler
Deverá estar ligado para publicar um comentário.