No dia em que faz 16 anos, Ian Lightfoot escreve uma lista de objetivos de vida. “Ser mais como o pai”, que morreu antes que pudesse conhecê-lo.
Por sorte, o pai deixou-lhe e ao irmão Barley um kit mágico para fazerem um feitiço que o trará de volta. Só que o feitiço corre mal e só regressam as pernas e a cintura.
Ian – um adolescente que só quer coisas normais como ter amigos – e Barley – um metaleiro em pausa sabática que é perito nos jogos ao espírito de “Dungeons & Dragons” – acabam a arrastar um par de calças por todo o filme enquanto procuram uma pedra que permita a Ian conhecer o pai.
Cruzam-se com demasiadas personagens e situações. Há dragões domésticos e dragões de pedra, o centauro/namorado da mãe/polícia, fadas motoqueiras, uma carrinha arraçada de cavalo, longas travessias dentro de uma caverna em cima de uma batata frita… É uma amálgama de personagens e acontecimentos, agitação e gritos.
Mas é quando tudo isso sossega que a Pixar cumpre o que faz melhor. No meio da confusão, mostra dois adolescentes em transição interior, como em “Divertida(mente)”. Revela a força da empatia e da bondade, como em “Up – Altamente”. E reafirma a força dos laços familiares, como em “Coco”. Porque nem todas as famílias têm de ser iguais para serem felizes.
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