
Tiago Miranda/Expresso
Quando as nossas referências começam a desaparecer, é a história que se perde. Quem vão ser as referências dos próximos? O que é que vamos fazer com a memória das pessoas que construíram isto que somos?
José Mário Branco morreu hoje, 19 de novembro de 2019.
“Trip fenomenal, proibido voltar atrás,
Viva a liberdade, né filho?”
Sabem o que se diz do Eça? Que continua a descrever, com pontaria certeira, aquilo que somos. Que o José Gil nos tirou a pinta ao medo de existir. O José Mário Branco fez a crónica da nossa desilusão e deste nunca sair da cepa torta. E devia ser estudado e celebrado por isso e homenageado com aquela mudança que tanto cantou.
“Esta merda não anda porque a malta não quer que esta merda ande!”
Ele já não tinha ilusões. Só inquietações.
“Quero ser feliz, porra!”
“Valeu a pena a travessia? Valeu, pois.”
A letra de FMI com anotações de José Mário Branco, para ver aqui. E outros documentos da sua vida e obra, aqui.
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