A lista dos 30 antes dos 30 deu-me a conhecer uma mão cheia de filmes incríveis, que, até agora, me tinham passado ao lado. E deixou-me espreitar pelo buraco da fechadura desse mundo imenso que é o do cinema. Pelo caminho, tenho conhecido histórias impressionantes e personagens fantásticas.
Roger Ebert não é das histórias nem foi personagem. Foi um dos críticos de cinema mais profícuos. Há tempos, quando li a sua crítica ao segundo volume de Kill Bill, identifiquei-me totalmente com o que escreveu e surpreendi-me por ser dos poucos críticos que corrigem uma posição anterior.
Agora, a pesquisar sobre 2001: A Space Odyssey, ouvi-o dizer que foi um filme que lhe provocou arrepios na espinha, uma coisa tão pirosa que não devia ser dita por nenhum crítico.
Acabei por ir parar à sua TED Talk de 2011. Através da voz criada pela Apple e da ajuda da sua mulher e dois amigos, o crítico americano conta como perdeu a voz na sequência de um cancro que o obrigou a várias cirurgias. Perdeu a mandíbula e a possibilidade de falar, mas não perdeu o sentido de humor.
E foi graças a uma música – muito longa – de Leonard Cohen que os médicos conseguiram salvá-lo do primeiro imprevisto.
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